Um novo capítulo da tensão entre Israel e Irã ganhou forma nesta sexta-feira (13), com ataques aéreos israelenses contra alvos estratégicos em território iraniano, incluindo instalações nucleares. Em resposta, o Irã lançou centenas de mísseis balísticos contra cidades israelenses, de acordo com autoridades de ambos os países.

As Forças de Defesa de Israel (IDF) anunciaram o início da "Operação Leão em Ascensão", justificando os ataques como uma ação para conter o que chamam de ameaça existencial representada pelo programa nuclear iraniano. Um dos principais alvos foi a instalação subterrânea de Natanz, conhecida por abrigar o enriquecimento de urânio, além de locais em Isfahan e Fordow.
Segundo a mídia estatal iraniana, os bombardeios causaram destruição em áreas civis e militares, e teriam resultado na morte de 20 comandantes das forças armadas iranianas e seis cientistas nucleares. Não há confirmação independente sobre os números.
Em retaliação, o Irã disparou mísseis em direção a diversas regiões de Israel, incluindo Tel Aviv e Jerusalém, onde sirenes de alerta foram acionadas. Até o momento, não há confirmação de mortos ou feridos em território israelense.
O líder supremo do Irã, aiatolá Ali Khamenei, classificou os ataques como uma agressão injustificada e prometeu resposta. Já o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, afirmou que a campanha militar continuará “pelo tempo necessário para neutralizar a ameaça”.
O conflito tem gerado preocupação internacional. O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, afirmou que ainda há possibilidade de um acordo diplomático e que as negociações com o Irã sobre o programa nuclear, previstas para domingo, permanecem na agenda, embora sem garantia de que ocorrerão.
As explosões em áreas urbanas provocaram pânico entre civis iranianos. Imagens exibidas pela mídia local mostraram prédios danificados e relatos de moradores que deixaram suas casas em busca de segurança.
O aumento das tensões também repercutiu no mercado internacional, elevando o preço do petróleo, apesar de a OPEP ter declarado que não vê necessidade imediata de ajuste na produção.
A extensão dos danos às instalações nucleares e o impacto sobre o programa atômico iraniano ainda são incertos. O Irã reafirma que o projeto tem fins civis, enquanto países ocidentais expressam preocupações sobre possível uso militar.
O cenário segue em evolução, com risco de ampliação do conflito na região e consequências para a estabilidade do Oriente Médio. Organismos internacionais e lideranças globais pedem contenção e diálogo.
LEIA TAMBÉM
Você quer estar por dentro de todas as novidades do Piauí, do Brasil e do mundo? Siga o Instagram do Sistema O Dia e entre no nosso canal do WhatsApp se mantenha atualizado com as últimas notícias. Siga, curta e acompanhe o líder de credibilidade também na internet.